28 de agosto de 2012

Monte Saint-Michel, um Centro Cósmico na Terra


O Monte de Saint-Michel é sem dúvida a expressão de um Centro Cósmico no mapa gnoseológico de França para os estudiosos da Tradição Primordial, os quais chegam a situar aí a “cabeça” espiritual de França, dispondo o seu “coração” em Paris, a “cidade-luz”, e o “ventre” em Lyon, a cidade eleita pelos ocultistas dos últimos três séculos para fundarem e propagarem os seus movimentos e ideias esotéricas para toda a França, Europa e até o Mundo, como foi o caso da famosa Maçonaria Egípcia de Cagliostro (século XVIII), iniciada nessa cidade no sul do país.
Fazendo fronteira da Normandia com a Bretanha, na embocadura do rio Couesnon, no departamento da Mancha, desde muito cedo (século IV-V) esta ilhota rochosa foi consagrada a Saint-Michel e Notre-Dame Sous-Terra, “debaixo da Terra”, portanto, subterrânea. Inicialmente habitada por druidas ou sacerdotes da religião céltica que chamaram ao local Monte Tombe, da palavra celta tun, significando “elevação”, mas que depois os eremitas cristãos usando do latim converteriam em tumba, ou seja, a “tumba ou sepulcro”, contudo prevalecendo até hoje a raiz do filólogo original celta por que se conhece esta ilha de Tombelaine ou o Monte Dol, a ver com dólmen, o “jazigo funerário” dos antigos celtas.
No princípio do século VIII o Arcanjo São Miguel apareceu em sonhos a Aubert, bispo de Avranches, cidade próxima do Monte, e ordenou-lhe que construísse um mosteiro nessa ilhota granítica. Ele assim fez, depois das provas de veracidade que pediu ao Ser divino e este lhe deu, desde tocar com o seu dedo o crânio do religioso incrédulo, significando que lhe transmitiu a iluminação espiritual, até descobrir-se um touro roubado no alto da ilhota, como lhe predissera o Arcanjo, mas que é alegoria de uma nova religião, cristã, substituir a primitiva celta representada no touro “roubado”, animal totémico dessa primitiva sociedade agrária. Após, em 16 de Outubro de 708 consagrou ao Arcanjo de Deus o recém fundado mosteiro beneditino no Monte da sua evocação, originalmente chamado “Monte Saint-Michel em perigo do mar” (Mons Sancti Michaeli in periculo mari), epíteto dando a entender que seria sobretudo evocado por alguma confraria piscatória local.
Esse mosteiro recebeu reformas românicas nos séculos XI-XII e em sua volta nasceu uma pequena cidade fortificada, a que se dá o nome convencional de “bastide”, e no século XIII recebeu a influência magnífica do gótico a ponto de até ao presente chamar-se a esta construção a “Maravilha”.
No cimo do pináculo mais elevado do mosteiro, cerca de 80 metros de altura, destaca-se a estátua dourada do Arcanjo São Miguel elevando na destra a espada e tendo aos pés o dragão, aparentemente representativo da heresia, realmente expressivo do tellos-draconis latino ou wouifre em celta, que é dizer, as energia telúricas correndo no seio da Terra mantendo a vida nesta, tal qual as veias no corpo humano são os condutos do sangue vital à sobrevivência orgâni

O Arcanjo Miguel ou Mikael vem a ser Metraton, “a medida (meta, metra) perpendicular da Terra ao Sol (Aton)”, pelo que é o intermediário entre o próprio Eterno e a Humanidade mortal. Este facto regista-se em alguns pormenores da estátua alada do Ser sobrenatural: a sua espada erguida em perpendicular ao corpo; a ponta bainha da arma tocando a cauda do dragão, designando a função intermediária ou psicopompa; finalmente a rodela céltica apontando para baixo, simbólica do Sol que alumia a Terra, justificação reforçada pela cor dourada ou solar do conjunto com o Arcanjo dardejando raios de luz de sua cabeça, auréola esta decerto inspirada na primitiva iconografia mitraica, a do deus solar Mitra que o igualmente solar Cristo substituiu pela adopção católica dos primitivos símbolos daquele.
Se Mikael ou Miguel é quem liga a Terra ao Céu, essa assinala-se neste lugar na cripta românica de Nossa Senhora Subterrânea, ligada aos primitivos cultos ctónicos dos celtas e primeiros cristãos eremitas daqui, a qual é consignada na Cabala judaica Shekinah, a “Presença Real de Deus” na Terra, tradicionalmente assumida como aspecto feminino da Divindade, e é assim que se liga às águas, à mulher, à Mãe Divina associada ao próprio Espírito Santo. Já Miguel representa o aspecto masculino da Divindade, a terra, o homem, o Pai Eterno. Terra e água são, com efeito, os elementos predominantes que dão o dom de “Maravilha” a este Mons Saint-Michaeli.
Vários indícios apontam este mosteiro beneditino como importante centro espiritual, talvez o mais importante de toda a França medieval dos primeiros tempos do cristianismo europeu. É aqui que entra a doutrina oculta da Shekinah para os hebreus, ou Sakinah para os árabes, tendo o seu principal ponto de referência no Antigo Testamento, nas passagens onde se trata da instituição de um centro religioso e espiritual: a construção do Tabernáculo, a edificação dos Templos de Salomão e de Zorobabel. Tal centro, constituído em condições regularmente definidas, devia ser efectivamente o lugar da Manifestação Divina, da “Presença Real de Deus”, Shekinah, sempre representada como “Luz” tornando o lugar da sua implementação verdadeiro Centro Cósmico na Terra, “cabeça” original da Fé que vai expandir-se a outras partes. Foi precisamente isso que aconteceu aqui no Monte Saint-Michel, em cuja Shekinah está a causa da Influência Espiritual presidindo a todas as modalidades de Iniciação e Iluminação. Ainda que a Igreja Cristã lhe chame Bênção, o sentido exacto é Influência Espiritual, como se traduz no termo hebraico original, berakoth, e no árabe barakah.
Tão importante era este centro religioso e espiritual que ficaram célebres as peregrinationes michaelis para ele durante a Idade Média: os peregrinos proviam-se de um bordão de madeira com um nó no centro e um cajado curvo no extremo, carregavam um alforge de couro, vestiam uma capa vermelha chamada pelerina, e por alguma das cinco rotas principais chegavam ao Monte. Seguiam pelos montais ou “caminhos do Paraíso”. Chegado à meta, diante de São Miguel no altar-mor da igreja, quase sempre o peregrino fazia-lhe uma oferta: uma concha de molusco ou uma insígnia de peregrinação; estes objectos de pano ou estanho coziam-se na roupa e representavam o Arcanjo.


26 de agosto de 2012

Viver em cidades grandes pode ter um preço alto...

Há vários motivos óbvios pelo qual as cidades que já são grandes crescem cada vez mais:conforto, variedade de serviços, empregos disponíveis, educação de qualidade, entre outros.

No entanto, segundo pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa comodidade pode ter um preço muito alto – viver na cidade grande aumenta o seu nível de stress e prejudica seu cérebro, fazendo com que ele “envelheça” precocemente.

De acordo com os cientistas, o problema é a atenção, ou a falta dela. Com tantas distrações diferentes – outdoors, sinaleiros, barulho do trânsito, por exemplo – o morador da cidade começa a exercer algo conhecido como “percepção controlada”, no qual controla o que prende sua atenção, apesar de, no fundo, estar ligado em tudo. E isso pode ser exaustivo.

Estudos da Universidade de Michigan comprovaram que viver em ambientes urbanos faz com que seja mais difícil manter fatos em nossa memória. Os pesquisadores dividiram voluntários em dois grupos – um passou o dia em uma cidade menor e o outro em uma grande metrópole. Os que passaram o dia na cidade grande tiveram notas menores em testes de atenção e apresentaram um humor pior.

Se você é morador de uma grande cidade, isso pode não ser nenhuma surpresa. Mas a boa notícia é que a solução para esse problema não é nada complicada – basta visitar áreas verdes de vez em quando. Passear em um parque melhora a atividade cognitiva das pessoas, de acordo com estudos.

Então a chave de planejadores urbanos para fazer com que grandes metrópoles não acabem estressando seus moradores é incluir várias áreas verdes no perímetro urbano.

[CNN]

25 de agosto de 2012

Portugal no tempo das Caravelas


Antes de Portugal sonhar em ser um império marítimo colonial, a situação econômica do país vinha se agravando com rapidez. Desde o século XIV, os camponeses fugiam em massa para as poucas cidades, sobretudo Lisboa e Porto.
Isso contribuiu para criar uma situação na qual reinava a escassez de alimentos, pela falta de braços no campo para produzir o mínimo necessário à subsistência da população nas cidades superlotadas. Surgiu, assim, um exército de vagabundos e desempregados em busca de oportunidades. Gente que estava disposta a qualquer coisa para continuar viva. Nas cidades, no limite, os ex-servos viviam da mendicância e de pequenos delitos, o que lhes dava até mesmo a chance de alguma mobilidade social, impossível na zona rural. Se tivessem a sorte de assaltar um viajante próspero, poderiam comprar sardinhas e pão para comer com azeite, tudo regado a vinho de baixa qualidade. Essa era a base da alimentação do chamado povo miúdo, os pobres e despossuídos.
Devido à miséria crescente, semelhante à que hoje se observa em favelas brasileiras, andar pelas cidades era arriscado. Esquecidas pelo Estado, as pessoas honestas ficavam à mercê dos malfeitores. Para escapar da marginalidade, muitos homens começaram a disputar as vagas em navios pesqueiros. Posteriormente, acabaram embarcando na aventura dos descobrimentos.
Nem sempre, porém, foi possível encontrar tripulantes em número suficiente para as caravelas quinhentistas. Existiam obstáculos de ordem psicológica que impediam muitas pessoas de arriscar a sorte em alto-mar. Monstros e medos povoavam o imaginário europeu quando o assunto era a imensidão do mar. Algo que só foi mudando confrome as explorações marítimas avançaram.
Por esse motivo, a Coroa portuguesa supriu a carência de tripulantes por meio do recrutamento de homens fora-da-lei e condenados pela justiça. A contrapartida era o perdão de seus crimes ou a troca de penas capitais por serviço compulsório nas embarcações.
Se nada disso bastasse, a Coroa poderia fazer - e fez - uso do rapto de vagabundos e desabrigados encontrados nas ruas das cidades. Também utilizou estrangeiros, em geral franceses, alemães, italianos, holandeses e ingleses, deixando os segredos marítimos expostos à cobiça de espiões. Por fim, chegou ao extremo de fazer embarcar crianças de 7 anos para postos sobre os quais recaíam as tarefas mais perigosas e pesadas - atitude hoje considerada criminosa, mas, à época, encarada com naturalidade.
A exemplo dos ingleses, os portugueses poderiam ter se valido da mão-de-obra africana, escravizada ou liberta. Para os lusos, porém, ter negros a bordo era sinal de mau agouro. Segundo a concepção da época, eles só serviam para comer, beber e gritar nas tormentas. O abominável preconceito decorria da visão de que os não-cristãos, como os africanos, viviam em pecado mortal.

*Texto de Fábio Pestana Ramos, doutor em história social pela USP.


23 de agosto de 2012

A incrível história do cachorro Schoep e seu dono


Nesse mundo existem diversas histórias belas sobre cães e seus donos, afinal esses animais muitas vezes são mais amados ou mais amáveis do que muitas pessoas, criando belos casos de dedicação. E nesse mês de agosto uma foto fez a história de Schoep e seu dono se espalhar por toda a internet e emocionar muitas pessoas.
John Unger há muitos anos atrás tirou um pequeno cachorro das ruas, quando ele tinha apenas oito meses de vida. Por muitos anos cachorro e dono foram cada vez mais aumentando seus laços de amizade, até o momento que John chegou ao fundo do poço, quando ele se separou de sua esposa. O homem fala que muitas vezes pensou em se matar, porém não tirou sua própria vida graças ao amor que sentia pelo cachorro
Assim ele diz que os dois se salvaram. Mas como a vida dos cachorros é curta e já Schoep está com vinte anos, a dor da idade ataca o cachorro, que muitas vezes não consegue dormir por causa dela. Por sorte John descobriu que quando o cão fica nas águas geladas do lago, ele não sente dor e consegue dormir normalmente.
Sabendo disso seu dono sempre o leva no lago para dormir e ficar sem dores. Em uma desses dias a fotógrafa Hannah Stonehouse Hudsontirou tirou uma foto dos dois juntos. Uma bela imagem que consegue mostrar a confiança, dedicação e o amor que há entre eles

Talvez o amor entre homem e animal seja realmente o mais belo que existe!

22 de agosto de 2012

A Condessa Sangrenta


Erzsébet Báthory ou Elizabeth Bathory foi a condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa disso ficou conhecida como um dos "verdadeiros" vampiros da história. Embora citada freqüentemente como húngara, devido em grade parte ao deslocamento da fronteira do Império Húngaro, ela era na realidade mais intimamente associada com o que é hoje a República Eslovaca. A maior parte de sua vida adulta foi passada no Castelo Cachtice, perto da cidade de Vishine, a nordeste do que é hoje Bratislava, onde a Áustria, Hungria e a Eslováquia se juntam. (O Castelo foi erroneamente citado por Raymond T.McNally como situado na Transilvânia). Bathory cresceu numa era em que a maior parte da Hungria tinha sido conquistados pelas forças turcas do Império Otomano, sendo campo de batalha entre exércitos da Turquia e Áustria(Habsburgo). A área também ficou dividida por diferenças religiosas. 
A família de Bathory se juntou à nova onda de protestantismo que fazia oposição ao catolicismo romano tradicional. Foi criada na propriedade da família Bathory, em Ecsed, na Transilvânia. Quando criança era sujeita a doenças repentinas, acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Em 1571, seu primo Stephen tornou-se príncipe da Transilvânia e mais tarde, na mesma década ascendeu ao trono da Polônia. Foi um dos regentes mais competentes da sua época, embora seus planos para a unificação da Europa contra os turcos fossem frustrados em virtude dos esforços necessários para combater Ivan, o Terrível, que cobiçava o território de Stephen. Em 1574, Elizabeth engravidou como resultado de um breve affair com um camponês. Quando sua condição se tornou visível, foi escondida até a chegada do bebê, porque estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy. O casamento ocorreu em maio de 1575. O Conde Nadasdy era soldado e ficava fora de casa, freqüentemente, por longos períodos. Nesse meio tempo, Elizabeth assumia seus deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Sarvar, de propriedade da família Nadasdy. Foi aí que sua carreira maligna realmente começou - com o disciplinamento de um grande contingente de empregados, principalmente mulheres jovens. Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era uma coisa comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório.
Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava desculpas para infligir punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Enfiava pinos em vários pontos sensíveis do corpo, como, por exemplo, embaixo das unhas. No inverno executava suas vítimas fazendo-as se despir e andar na neve, despejando água gelada nelas até o congelamento do corpo. O marido de Elizabeth se juntava a ela nesse tipo de comportamento sádico e até ensinou-lhe algumas modalidades de punição. Mostrou-lhe, por exemplo, uma variação desses exercícios de congelamento para o verão: despia uma mulher e a cobria de mel, deixando-a a mercê dos insetos. Ele morreu em 1604 e Elizabeth mudou-se para Viena após o seu enterro. Passou também algum tempo em sua propriedade de Beckov e no solar de Cachtice, ambos localizados onde é hoje a Eslováquia. Esses foram os cenários de seus atos mais famosos e depravados. Nos anos que se seguiram após a morte do marido, a companheira de Elizabeth no crime foi uma mulher de nome Anna Darvulia, de quem pouco se sabe. 
Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609, Elizabeth se voltou para Erzsi Majorova, viúva de fazendeiro local, seu inquilino. Majorova parece ter sido a responsável pelo declínio final de Elizabeth, ao encorajá-la a incluir algumas mulheres de estirpe nobre entre suas vítimas. Em virtude de estar tendo dificuldades para arregimentar mais jovens como servas à medida que os rumores sobre suas atividades se espalhavam pelas redondezas, Elizabeth seguiu os conselhos de Majorova. Em algum período de 1609, ela matou uma jovem nobre e encobriu o fato dizendo que fora suicídio. Já no início do verão de 1610, investigações iniciais em torno dos crimes cometidos por Elizabeth tinham começado. A base das investigações era política, a despeito do número crescente de vítimas. A coroa esperava confiscar o latifúndio de Elizabeth e deixar de pagar a alto empréstimo que seu marido tinha feito ao rei. Com isso em mente, Elizabeth foi presa no dia 26 de dezembro de 1610. Elizabeth foi julgada alguns dias depois. 
O julgamento foi conduzido pelo Conde Thurzo, como agente do rei. Conforme registro, o julgamento (acertadamente caracterizada como uma farsa pelo biógrafo de Bathory, Raymond T.McNally) foi iniciado não apenas para se obter uma condenação, mas também para confiscar suas terras. Uma semana após o primeiro julgamento, foi realizada uma segunda sessão, em 7 de janeiro de 1611. Neste, uma agenda encontrada nos aposentos de Elizabeth foi apresentada como prova. Continha nomes de 650 vítimas, todos registrados com a letra de Elizabeth. Seus cúmplices foram condenados à morte, sendo a forma de execução determinada por seus papéis nas torturas. Elizabeth foi condenada à prisão perpétua, em solitária.
Foi colocada num aposento do castelo de Cachtice, sem portas ou janelas, apenas uma pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos, lá permanecendo pelos três anos seguintes até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Bathory, em Ecsed. Além de sua reputação como assassina sádica com mais de 600 vítimas, foi acusada de ser uma lobisomem (werewol ) f, no original, não tem gênero) e vampira. Durante seus julgamentos, testemunhas afirmaram que em várias ocasiões ela mordia o corpo das meninas durante suas torturas. Essas acusações se tornaram a base para suas conexões com o "lobisomenismo". As ligações entre Elizabeth e o vampirismo são um tanto mais tênues. Naturalmente, havia uma crença popular nas terras eslavas de que os lobisomens em vida se tornavam vampiros após a morte, mas essa não foi a acusação feita a Elizabeth. Ao contrário, ela foi acusada de drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter sua juventude. Por todos os parâmetros, Elizabeth era uma mulher muito atraente.

Paulo Moraes em seu blog Panacéias Essenciais.



19 de agosto de 2012

Bandeirantes: Heróis ou Vilões?


Quando se fala em BANDEIRANTES logo nos vem a mente a imagem de homens fortes, de olhares penetrantes, elegantes vestidos com botas de montaria, calções de veludo e casacas de couro almofadados. É dessa maneira que eles são ilustrados, descritos em livros, pinturas e estátuas. Mas isso não passa de uma imagem construída pelo sistema, pois na realidade eram homens miscigenados, magros e de pele morena. Suas roupas não eram pomposas, a maioria deles andavam descalços. Enfim os desbravadores eram mamelucos, fruto de mestiçagem entre Portugueses e Índios.
Pelo sim, pelo não, não podemos negar que os BANDEIRANTES tiveram um papel importante na nossa história no que diz respeito a expansão do território nacional, foram eles os responsáveis por tal feito, mesmo que involuntariamente.
Durante muito tempo, os bandeirantes foram tidos como “heróis” na nossa literatura histórica, o que é uma contradição pois, os interesses deles era apenas obter lucros através da escravidão de indígenas, capturar escravos fugidos e pedras preciosas, além de saquearem aldeias, praticar estupros e tudo o que é de mais ruim que um ser humano possa cometer contra outro. Esses são os nossos heróis.
Até o século XVII, capturar indígenas e vender como escravos, passou a ser a base da econômia nacional, durante algum tempo, esse negocio foi tão lucrativo que chegou a ser chamado de “NEGÓCIO DO SERTÃO”.
A falta de escravos Africanos no mercado, tanto na Bahia quanto no Rio de Janeiro, devido ao domínio Holandês em Pernambuco que, durante este período passaram a controlar o tráfico de escravos trazidos da África obrigando os Srs. de escravos do Rio de Janeiro e da Bahia a comprarem dos bandeirantes, índios.
A ficção literária através de alguns escritores ajudou muito na construção dos heróis “ BANDEIRANTES “. Entre esses escritores vou destacar dois: Paulo Setúbal, especialista em escrever romances históricos onde, costumava enfatizar que suas obras eram baseadas em documentação histórica.
Outro escritor e também desenhista contribuiu para a construção de heróis “ BANDEIRANTES “ BELMONTE, escreveu e ilustrou o livro “ No Tempo dos Bandeirantes “ lançado em 1940 onde, ele mostra os desbravadores vestidos elegantemente com chapelão de abas, botas longas de montaria e portando mosquetes.
Belmonte apresentava sua obra de ficção como uma verdade histórica, pois seu maior desejo era que os paulistas tivessem orgulho de seu passado histórico, um absurdo, mas real.

Outro absurdo que insisti em existir até hoje, é o monumento erguido em homenagem a BORBA GATO, obra do escultor Júlio Guerra, obra essa que se encontra na entrada de Santo Amaro, um bairro de São Paulo onde nasceu o escultor.
Durante 20 anos Borba Gato, foi procurado pelo assassinato de dom Rodrigo Castelo Branco, então administrador geral de Minas Gerais. Motivo do crime a descoberta de ouro durante uma expedição e, quando foi descoberta a principal jazida de ouro, a coroa portuguesa em troca dos conhecimentos que o bandeirante tinha da região perdoou-o.
Fernão Dias, outro conhecidíssimo bandeirante homenageado pela memória Nacional e que cujo nome foi dado a uma importante estrada que liga São Paulo a Minas Gerais. Um poema de Olavo Bilac O CAÇADOR DE ESMERALDAS. Também Fernão Dias serviu de inspiração para o livro do romancista Paulo Setúbal, “A BANDEIRA DE FERNÃO DIAS”, mas na realidade o caçador de esmeraldas foi responsável pela captura e venda de indígenas, liderou um ataque a serra de Apucarana, hoje um Estado do Paraná, que resultou na captura de mais ou menos 5000 indígenas.
Bartolomeu da Silva, outro bandeirante que se destacou como desbravador na história do Brasil, descobridor de GOIAS. E, talvez o primeiro a aplicar o conto do vigário nos índios, que ao ser preso por antropófagos PATAXOTA, Bartolomeu se apresentou como: DEUS DO FOGO e, ameaçou colocar fogo em todos os rios. De início os índios não acreditaram, mas Bartolomeu, vulgo ‘ANHANGUERA’ colocou fogo numa garrafa de pinga. Aí os índios apavorados com tal feito, soltaram o Bandeirante e deram-lhe o apelido de “DIABO VELHO”-(ANHANGA-GUERA) onde, se aproveitando da situação Anhanguera obrigou os índios a lhe entregarem todo o ouro que possuíam. Enfim, os BANDEIRANTES na realidade foram bandidos cruéis e sanguinários, e que de Heróis não tinham nada. Mas, a história verdadeira os historiadores não contam, preferem romancear as vergonhosas façanhas de gente de péssimo caráter.

Fonte:  O Mistério da Lua


18 de agosto de 2012

Selo de democracia em tempos de ditadura


Durou 19 anos a estada de Getúlio Vargas no poder. Entre as várias transformações do período (1930-1945 e 1951-1954) destacam-se as do sistema postal. 

Em 1931, a administração dos correios e dos telégrafos é unificada, centralizando esforços propagandísticos. Boa parte dos selos emitidos mostra a preocupação de vincular a imagem do estadista a acontecimentos históricos.

Em 1940 acontece a Feira Mundial de Nova Iorque – a mesma que, em 1876, celebrou o centenário da independência norte-americana. Vargas lança um selo em alusão à feira e em comemoração aos 10 anos de ditadura.

Na estampa, seu rosto ganha ares de busto de escultura romana. O selo é bonito; a idéia é contraditória, na medida em que vincula a festa da democracia e da liberdade estadunidense a um governo ditatorial brasileiro.
Escrito por Danilo Ribeiro Gallucci 
Fonte: http://www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-historia


17 de agosto de 2012

A História não conta que crianças foram à Guerra do Paraguai...


Mary Del Priore, historiadora e autora do livro História das Crianças no Brasil, chama atenção para a importância fantástica que assume um pesquisador (Fábio Pestana Ramos), ao estudar a Carreira da Índia encontrar preciosas informações sobre a presença de crianças nos barcos. Vinte por cento da tripulação que vinha para o Brasil ou ia para o Pacífico eram crianças. Por quê? Elas ocupam pouco lugar, comem pouco e é facilmente subjugada. Eram recrutadas na rua. Graças a esse estudioso nós tomamos conhecimento de que a criança de rua existe há pelo menos 500 anos. Outras vezes, eram entregues pelos próprios pais, gente pobre, para os capitães dos navios.
A gente vai ver como perdura a insensibilidade diante do desaparecimento da criança pobre, entregue à sua própria falta de sorte, abandono e miséria.
Durante a Guerra do Paraguai, repetiu-se a mesma coisa. Crianças eram retiradas das ruas pelo delegado de polícia, ou recrutadas nos orfanatos, para servirem de bucha de canhão na Marinha brasileira. Uma vergonha criminosa praticada por militares desalmados, frios e cruéis. E o pior: o trabalho a que eram obrigados a fazer era o mais arriscado: encher canhão, carregar pólvora, munição, tratados como escravos, mal alimentados com um mínimo de alimentação, suficiente apenas para mantê-los vivos.
O livro aponta para a insensibilidade diante do trabalho infantil, os aspectos sombrios da sociedade brasileira em relação à criança. Dessa triste “Estória” a “História” nada conta. O que conta são as façanhas dos combatentes brasileiros na Guerra do Paraguai, comandada pelo glorioso herói Almirante Tamandaré, tão celebrado e enaltecido. Quantas crianças morreram de maus tratos, por acidentes e de desnutrição, sabe Deus...

Fonte de informação: Entrevista com a historiadora Mary Del Priore, publicada em outubro de 1999, reescrita por Zenóbia C.M. Cunha.


Lugar de pobre é na cama


Em 7 de maio de 1808, a Intendência da Polícia da Corte proíbe que bodegas, casas de jogos e botequins fiquem abertos depois das 10 da noite em todo o Brasil. Assim explicava o motivo de mandar para cama mais cedo o público desses lugares: evitar “ajuntamento de ociosos”, incluindo escravos que “faltam ao serviço e se corrompem” ou, ainda, “dão ocasião a delitos”.

A Intendência havia sido criada pouco depois da chegada da corte portuguesa ao Brasil. Sua função era botar ordem na casa e, de quebra, evitar que os ideais “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, da Revolução Francesa, viessem a se espalhar pelo país.

O intendente não queria saber de burburinho e decretou várias providências que disciplinavam o tempo livre dos trabalhadores e escravos. No caso do “toque de recolher”, cada pessoa que fosse encontrada em local proibido depois do horário permitido levava multa de 1.200 réis, uma soma vultuosa para a época. Metade para a intendência, metade para o oficial de justiça.

Fonte de informação: Polícia no Rio de Janeiro – Repressão e resistência numa cidade do século 19, de Thomas Holloway (FGV, 1997).



Bandeira no Senado é arte do encarregado da limpeza

Quem já assistiu a algum trecho de discurso no Senado Federal deve ter reparado na bandeira brasileira desenhada em auto-relevo, na carpete, centralizada em frente à plenária, que recobre o tablado onde fica a mesa do Presidente da casa e seus auxiliares. O que talvez as pessoas não saibam é que o tal auto relevo não é obra de um arquiteto ou decorador renomado. Tampouco é fruto do desejo de algum presidente invadido por inspirado furor patriota que ocupou a cadeira principal da casa. Não, políticos não têm a capacidade de amar a Pátria ao ponto de se preocupar com essas detalhes. A idéia partiu de um humilde servidor, um honrado e habilidoso brasileiro num dia de 1998. Explodindo de alegria pelo nascimento do filho, o encarregado de limpeza Clodoaldo dos Santos resolveu transformar sua habilidade com o aspirador de pó e com as escovas num desenho da bandeira do Brasil moldada no carpete azul. “A pessoa tem que se envolver com o País, não pode ficar à parte”, justificou depois. Clodoaldo não tinha a menor ideia se levaria uma bronca ou, simplesmente, se a obra patriótica seria desfeita. Para sua surpresa, a chefia adorou o detalhe e não entendeu como tinha sido feito sem nenhuma máquina especial. Desde então, a bandeira nunca foi apagada. Hoje, Clodoaldo comanda a limpeza e a manutenção do Senado. Apesar de não trabalhar mais com o aspirador e o escovão, usa os instrumentos para retocar a bandeira semana sim, semana não. E com o sucesso da primeira obra, resolveu seguir adiante. No carpete em frente às laterais da mesa, tal qual um Niemeyer com escovão, tratou de remexer as cerdas até surgir diante dos senadores a catedral de Brasília e a fachada do Congresso Nacional. Reportagem do Fantástico com Clodoaldo. 
 
http://www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-historia 
 
 

O verdadeiro nome do descobridor do Brasil...


Pela tradição portuguesa de então os livros didáticos deveriam grafar : Pedro Álvares Gouveia. É o seguinte: de acordo com a Lei vigente no século XVI, só herdava o sobrenome do pai o filho mais velho.

Com o descobridor do Brasil, Pedro, era o segundo filho de dois irmãos, ele só poderia herdar o sobrenome do pai (Cabral) após a morte do irmão mais velho.

Portanto, o invasor europeu desembarcou em terras de Pindorama com o sobrenome da mãe (Gouveia). Portanto, a questão do sobrenome correto do Capitão da esquadra portuguesa que aportou em nosso país é mais uma informação incorreta da História Oficial que insiste em nomear de forma equivocada o nome de Pedro, omitindo que o verdadeiro nome do colonizador português que aportou em terras da Bahia em 1500, é “PEDRO ÁLVARES GOUVEIA”.

15 de agosto de 2012

Madame Bovary, arsênico e Inglaterra

Na década de 1840, um excessivo número de casos de morte por envenenamento chamou a atenção das autoridades inglesas. Essa é a história de como o arsênico pode ser conhecido como o principal veneno da era vitoriana. A descrição da cena do suicídio de Emma Bovary, que ingeriu arsênico num último ato de desespero, talvez seja uma das mais fortes da literatura. Não por acaso Flaubert, o autor do livro "Madamme Bovary", tinha esmero ao criar sua obra tanto que a sua busca pela palavra perfeita (la mot just) o fizesse escrever e reescrever um livro durante anos. Este livro levou cinco anos para ser escrito. Vejamos partes da cena referida:
"A chave girou na fechadura e ela foi diretamente à terceira prateleira, tal a exatidão com que a memória a guiava, agarrou no frasco azul, arrancou-lhe a tampa, meteu-lhe a mão e, retirando-a cheia de um pó branco, pôs-se a comê-lo diretamente.
(…)
"Oh! A morte é uma coisa insignificante!", pensava ela, "vou adormecer e estará tudo acabado!"
  Bebeu um gole de água e voltou-se para a parede.
Aquele horrível gosto a tinta persistia.
- Tenho sede!… Tenho muita sede! – suspirou ela.
(…)
Veio-lhe um vômito tão repentino, que mal teve tempo para agarrar o lenço debaixo do travesseiro.
- Leva-o! – disse precipitadamente. – Jogue-o fora!
(…)
Então ele, delicadamente e quase acariciando-a, passou-lhe a mão sobre o estômago. Emma soltou um grito agudo. Charles recuou, aterrado.
(…)
Surgiram-lhe gotas de suor espalhadas pelo rosto azulado que, entorpecido, parecia exalar um vapor metálico. Batia os dentes, com os olhos dilatados olhava vagamente em torno, e só respondia a todas as perguntas abanando a cabeça, chegou a sorrir duas ou três vezes. Pouco a pouco, os gemidos foram-se tornando mais fortes. Deixou escapar um uivo surdo, disse que estava melhor e que dali a pouco se levantaria. Mas entrou em convulsões e exclamou:
- Ah! É atroz, meu Deus!"
Alguns anos antes do lançamento do livro, em plena Inglaterra vitoriana, houve um surto de mortes misteriosas que, posteriormente, descobriu-se ser por envenenamento provocado pela ingestão de arsênico, que podemos exemplificar no velho chavão: "a diferença entre o remédio e o veneno é apenas a dose". Pois, até antes do surgimento dos antibióticos, o arsênico era prescrito para o tratamento de algumas doenças. Darwin, por exemplo, o utilizava para tratar de um eczema. Alguns pesquisadores desconfiam que o país sofria, de um modo geral, de dispepsia. O detalhe macabro está relacionado a um, digamos, modismo que surgiu entre as mulheres de Essex que, na década de 1840, que levaram a insatisfação com o casamento e também motivos econômicos (seguro de vida de crianças) a se livrarem dos maridos e filhos.

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"É insolúvel em água, porém muitos de seus compostos são solúveis. É um elemento químico essencial para a vida, ainda que tanto o arsênio como seus compostos sejam extremamente venenosos."
A quase impossibilidade de detecção do envenenamento não caracterizava a morte de um cônjuge por assassinato. Os sintomas eram parecidos com os da gastrite ou alguma infecção estomacal. Era, em princípio vendido livremente em farmácias – como remédio – e mercearias – veneno para ratos -. Seu aspecto, quando se tratava do arsênico branco, era muito parecido com o do açúcar, farinha ou fermento em pó. Logo, para que algumas ideias de jerico surgissem e colocassem o pozinho na comida ou nas bebidas não demorou muito. Imagino que todos devam se lembrar de filmes em que, antes de um banquete entre convivas de uma corte qualquer, um deles, o vilão, abria a tampa de um anel e de seu interior despejava o tal pozinho na taça de vinho de sua(s) vítima(s). A utilização desse expediente foi tão intenso que, James C. Worthon, autor do livro The Arsenic Century, que foi resenhado por John Carey, no artigo "The Arsenic Century: How Victorian Britain Was Poisoned at Home, Work and Play by James C Whorton", do jornal Times Online, imagina que a cidade de Essex parecia com a Itália dos Bórgias – O papa Alexandre VI e seus filhos César e Lucrécia -.
O elemento arsênio (As) era largamente utilizado pelas indústrias de tintas, vernizes e cosméticos. Além de também constar na composição de produtos como o vinho, cigarro, velas, papel e até mesmo num "avô" do Viagra do tipo pílulas para a virilidade. Imaginemos, então, o quanto as pessoas se envenenavam lentamente quando precisavam dar umazinha. A ironia do arsênico é que ele está nos produtos que proporcionam algum prazer e levam, ao cabo de alguns anos, à morte. Preocupante, não?
Voltando ao detalhe macabro, a Inglaterra de meados do século XIX, apesar de ser considerada o Império em que o Sol nunca se põe, era um país cuja pobreza da população pode ser considerada aos moldes de alguns países africanos da atualidade. Doenças, promiscuidade, falta de higiene e outros males afligiam a sociedade. Criou-se, então, uma prática que envolvia envenenamento por arsênico e apólices de seguro. Muitas mulheres, preferindo salvar alguns trocados que receberiam a título de seguro de vida pela morte do marido, passaram a discutir abertamente entre si algumas maneiras de eliminar o indesejado e ainda ganhar dinheiro dessa forma, como conta James C. Worthon.
A Justiça não perdia tempo investigando ou julgando casos suspeitos até que uma afoita errou na dose e colocou arsênico demais no prato de arroz que servira ao marido. Foi julgada e condenada. A partir de então as autoridades passaram a ficar mais atentas; porém, mesmo assim, muitas mulheres continuaram praticando este ato macabro só que em seus próprios filhos, sobrinhos, enteados e qualquer outra criança que estivesse ao seu alcance. O governo inglês garantia cerca de £5 , uma soma interessante na época, para custear o enterro de crianças pobres. Várias foram as mães que, para garantir a sobrevivência de alguns filhos, envenenava outros para receber o seguro. Há o caso de uma mulher, Mary Ann Cotton, uma professora que se tornou uma serial killer, ao assassinar, entre 1860 e 1873, sua mãe, três maridos, seu inquilino, que se tornara seu noivo e a maioria de seus 15 filhos e enteados.
Os assassinatos chamam a atenção, mas as mortes por envenenamento com arsênico se davam nas formas mais inusitadas. A indústria de papéis de parede foi responsável pela morte de quatro crianças de uma mesma família cujo quarto era coberto por papel de parede cuja fabricação empregava doses letais do elemento químico. Imagine, então, uma mulher belíssima finamente maquiada e espalhando arsênico entre seus parceiros de dança numa festa ou recepção. O que não dizer, portanto, da pigmentação usada para colorir os tecidos de seus vestidos de musselina verde? Como diz o autor do artigo, "espalhavam nuvens de poeira tóxica como helicópteros de pulverização de pesticidas". Um químico disse que "elas podem ser chamadas de criaturas de matar".
Portanto, cuidado com a mulher que estiver usando um vestido verde de musselina.
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Fontes de consulta:
Resenha do livro Madamme Bovarry
.-Rabisco – artigo: Mulher de fases do século XIX
-Revista e – artigo: A lei do desejo
-Flaubert, G – Madame Bovary. Tradução Fernanda Ferreira Graça. Editora Europa-América. Lisboa: 2000.


13 de agosto de 2012

Outras Versões e Curiosidades sobre a Morte de João Paulo I

O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra Em nome de Deus (In God's Name), na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I . A dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no IOR (Istituto di Opere Religiose, vulgo Banco do Vaticano). Logo após eleger-se papa, ele ficara a par de inúmeras irregularidades no Banco Ambrosiano, então comandado por Roberto Calvi, conhecido pela alcunha de "Banqueiro de Deus" por suas íntimas relações com o IOR (o corpo de Calvi apareceu enforcado numa ponte em Londres, quatro anos depois, por envolvimento com a Máfia).
Entre os envolvidos no esquema, estaria o então secretário de Estado do Vaticano e Camerlengo, cardeal Jean Villot, o mafioso siciliano Michele Sindona, o cardeal norte-americano John Cody, na época chefe da arquidiocese de Chicago e o bispo Paul Marcinkus, então presidente do Banco do Vaticano. As nebulosas movimentações financeiras destes não passaram despercebidas pelo Papa Sorriso. Sem falar em supostos membros da loja maçônica P2, como Licio Gelli (vale lembrar que pertencer a essa comunidade secreta sempre foi e ainda é considerado motivo de excomunhão pela Igreja Católica).
A Cúria Romana como um todo teria rechaçado o perfil humilde e reformista de João Paulo I. Diversos episódios no livro corroborariam essa tendência: o Papa Sorriso sempre repudiou dogmas, ostentação, luxo e formalidades; para ficar num exemplo, ele detestava a sedia gestatória, a liteira papal (argumentando que, por mais que fosse o chefe espiritual de quase mil milhões de católicos, não se sentia importante a ponto de ser carregado nos ombros de pessoas). Após muita insistência curial, ele passou a usá-la.
Segundo Yallop, em 29 de setembro de 1978, João Paulo I anunciaria a remoção de Marcinkus, Cody, Villot e alguns de seus asseclas – o que poderia deixá-los à mercê de processos criminais. Mas Sua Santidade não acordou para levar a cabo as excomunhões: diz-se que teria sido encontrado pela freira Vincenza, que o servia havia 18 anos e que sempre lhe deixava o café todas as manhãs. Naquele fatídico dia, no entanto, ela ficara espantada com o fato de o Papa não ter respondido ao seu Buongiorno, Santo Padre (Bom-dia, Santo Padre); desde os tempos de padre em Veneza, ele nunca dormira além do horário. Notando uma luz acesa por trás da porta, ela entrou nos aposentos do Papa e encontrou-o de pijama, morto, com expressão agonizante, na cama. Seus pertences pessoais foram de imediato removido por Villot. Entre eles, as sandálias do papa; no livro, é defendida a hipótese de que estariam manchadas com vômito – um suposto sintoma de envenenamento.
Yallop cita a digitalina (veneno extraído da planta com o mesmo nome) como a droga usada para pôr fim ao pontificado de João Paulo I. Essa toxina demora algumas horas para fazer efeito; Yallop defende que uma dose mínima de digitalina, acrescentada à comida ou à bebida do papa, passaria despercebida e seria suficiente para levar ao óbito. E para o autor de Em nome de Deus, teria sido muito fácil, para alguém que conhecesse os acessos à cidade do Vaticano, penetrar nos aposentos papais e cometer um crime dessa natureza.
Sem se deter na morte de João Paulo I, Yallop ainda insinuou que João Paulo II seria conivente com todas as irregularidades detectadas no pontificado de seu breve antecessor. Outra acusação grave feita no livro era a de que João Paulo II autorizara o financiamento secreto das atividades do sindicato Solidarnosc (Solidariedade) em sua terra natal.

A previsão de Nostradamus

Em sua obra Centúrias, o profeta francês do século XVI Nostradamus teria previsto a morte de um papa em circunstâncias muito semelhantes às de um suposto assassinato de João Paulo I (profecia relatada na Centúria 10, Quadrante 12), embora não estejam específicas outras circunstâncias, como nome e época:

O papa eleito será traído por seus eleitores,
Esta pessoa prudente será reduzida ao silêncio.
Eles o matarão porque ele era muito bondoso,
Atacados pelo medo, eles conduzirão sua morte à noite.

Uma interpretação simplista da profecia seria a de que "atacados pelo medo" seriam aqueles cujas irregularidades o Papa Sorriso estaria supostamente investigando, entre eles o Bispo Paul Marcinkus, presidente do Banco do Vaticano, John Cody, cardeal-arcebispo de Chicago e Licio Gelli, suposto maçom.

Encontro com a Irmã Lúcia

A revista italiana 30 Giorni revela, com base em declarações de um dos quatro irmãos de João Paulo I, que a Irmã Lúcia, durante a visita que o então Patriarca de Veneza lhe fez no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sempre o tratou por "Santo Padre". O Cardeal Luciani fica impressionado e pergunta: "Porquê?", ao que a Irmã responde: "Vossa Eminência um dia será eleito Papa". E ele disse: "Sabe-se lá, irmã…", e a Irmã retorquiu: "Será sim, mas o seu pontificado será muito breve".

Postado por Paulo Moraes no blog Panecéia Essencial. http://panaceiaessencial.blogspot.com


11 de agosto de 2012

Tiradentes: o que a História não contou...


O que a história não contou, atrevo-me, com a devida vênia, a dizer, até como desagravo a memória do mártir Joaquim José da Silva Xavier, o alferes da milícia da corte, cognominado "Tiradentes". Iniciado na sublime ordem maçônica, onde conheceu a luz menor. Entusiasta, o jovem Tiradentes aprendeu além de outros, o ofício básico de dentista sem cursar nenhuma escola. Usava sua prática gratuitamente pelo prazer de aliviar a dor daquele que necessitasse de seus serviços, sentindo-se feliz por ser útil ao seu semelhante.
Entusiasta da liberdade, gostava de ser livre, como declarado fora em sua iniciação maçônica. 
Vendo o povo do Brasil colônia ser demasiadamente explorado pela corte, na extração do ouro, tomou por decisão criar um movimento de liberdade. Para tanto escolheu a dedo seus companheiros, irmãos de maçonaria, que perfazia o total de onze, (posteriormente deu-se o nome de inconfidentes). Entre os inconfidentes figurava Joaquim Silvério dos Reis, que viria a trair o movimento.
Toda discussão e plano do movimento dava-se em reuniões discretas, sob a liderança de Tiradentes. Havia um jovem no movimento, Tomas Antônio Gonzaga, que estudava direito nos Estados Unidos da América e sempre era ele o incumbido de contatar o governo americano para obter o apoio ao movimento. O que ninguém sabia, o governo yankee era todo composto por mações, daí a liberdade do enviado do movimento dos inconfidentes ter passagem livre no palácio do governo americano. 

UM TRAIDOR NO MOVIMENTO.
O coronel da cavalaria geral, Joaquim Silvério dos Reis, era devedor de uma vultosa quantia ao reino português, por conta do que fez um acordo de perdão da dívida, delatando ao visconde de Barbacena o movimento e seus idealizadores em carta de próprio punho. Assim como o divino mestre foi traído em troca de dinheiro, Tiradentes também, quase coincidindo com a mesma cena praticada por Judas Iscariotes, dessa vez repetida por Silvério.

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Assim, preso foi Tiradentes e seus companheiros, menos Joaquim Silvério dos Reis, o delator mau caráter. 
Tiradentes no ato de sua prisão, cobriu-se com a bandeira que ele mesmo idealizara e desenhara, entregando-se sem reação aos comandados de sua prisão. O presídio da ilha das cobras foi o lar de Tiradentes por três anos, onde sofreu toda espécie de tortura física e mental. Os demais companheiros de Tiradentes foram condenados ao degredo na África.
Por três anos, todos os dias, Tiradentes era interrogado e torturado, com a promessa de seus torturadores de libertá-lo se assinasse um documento de culpa, delatando seus companheiros, pois se assim o fizesse a carta denunciante de Silvério dos Reis teria mais crédito e validaria sua denúncia por completo, o que Tiradentes recusou-se, assumindo sozinho a culpa pelo movimento. (Aí se denota o caráter do homem iluminado). Por isso foi condenado pela corte, à morte por enforcamento.
Montado o palco do espetáculo público na lampadosa, foi Tiradentes conduzido vestido numa túnica branca dos condenados. Caminhou descalço em passos certos e cabeça erguida. Subiu ao cadafalso conduzido por seu executor, o escravo "capitania", de quem Tiradentes havia há tempos aliviado a dor pela extração de um dente enfermo. Perguntado que fora o que desejava antes de morrer, respondeu com um brado de coragem: Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria. Pediu à capitania, quando o cadafalso abrisse sob seus pés, montasse em seus ombros. Beijou as mãos do seu executor dizendo-lhe, ó Meu amigo, deixe beijar-lhe também os pés. Capitania chorou, lágrimas viam-se desenhar no rosto negro do escravo. Naquele instante, no mínimo capitania sentia-se o pior dos homens, como escravo obrigado que era, cumprir as ordens que lhe impusera a corte, sendo o executor daquele que outrora se sentiu feliz por aliviar-lhe a dor.
Faça o que tem que fazer, seja breve, disse-lhe Tiradentes.
Abre-se o cadafalso, um corpo rodopia no ar pendurado por uma corda.
O escravo faz o que o mestre lhe pedira. Monta em seus ombros. O corpo desfalece solto no ar já sem vida. Tiradentes não sufocou, não houve tempo para tanto. O peso de seu corpo somado ao de capitania foi mais do que suficiente para romper a primeira vértebra da coluna cervical. Portanto Tiradentes não morreu enforcado como conta a história.
Trinta anos passados, um jovem príncipe era iniciado na mesma ordem de Tiradentes, onde ali conheceu a verdade. Entre os escritos arquivados de Tiradentes, havia um que dizia: Na minha falta, haverá de vir um homem para concluir minha obra, que é justa, perfeita e bela. E assim, a 7 de setembro de 1822, Dom Pedro declarava a independência do Brasil, ficando assim o Brasil liberto de Portugal, deixando de ser colônia para ser a grande nação em que se tornou. Concluindo-se aí a obra de liberdade, sonhada por Tiradentes.

CONSIDERAÇÕES DO AUTOR: A obra exposta, é de autoria e de inteira responsabilidade do autor, resguardando-se toda e qualquer informação sigilosa e o original do texto.
Publicado amiga oculta at Domingo, Abril 19, 2009
Autor Edilson Xavier de Menezes/Edmen

Fatos históricos que a Història oficial não conta


Os estertores da Idade Média foi uma época obscurantista na qual o espírito humano encontrava-se aprisionado por conceitos ultrapassados com ideias que não levavam a lugar algum. Portugal e Espanha eram as grandes potências européias. Navegadores audazes das duas nações ou a serviço delas rasgaram os mares e ampliaram o mundo com a descoberta de continentes até então desconhecidos. Descobria-se o Novo Mundo, descobriam-se novas terras também para o lado oriental do mundo, dobrava-se o Cabo das Tormentas a partir daí então chamado de Cabo da Boa Esperança. Então, em meio a tantas descobertas, os portugueses descobriram o Brasil para Portugal.
Nada mais falso. Considerando que o Brasil já pertencia a Portugal, pois o Tratado de Tordesilhas feito com a Espanha dava grande parte das terras da América do Sul para Portugal.
Então a descoberta do Brasil foi uma farsa montada pela coroa Portuguesa, pois só vieram tomar posse do que já era deles.
Assim foi a história da Segunda Guerra Mundial para citar outro evento importante. Na realidade a Alemanha já tinha perdido a guerra em 1943 na Batalha de Kursk para a Rússia, pois a partir daí o Exército vermelho só pararia em Berlim o seu destino final. Em resumo a guerra já estava ganha pelos aliados. Mas, começou a ciumeira e a luta pelo poder. Já pensando no pós-guerra. Stalin tinha ciúmes do marechal Zhukov, o comandante em chefe dos exércitos russos. Então o mesmo nomeou dois outros marechais para entrar em Berlin, não dando exclusividade a Zhukov, o marechal que foi o principal fator da derrota dos exércitos alemães no leste. Roosevelt comenta que Churchill está preocupado com o pós-guerra e a presença soviética. A ponto dos americanos (vide famigerada Cia) fazerem uma aliança com a Alemanha, combinando uma trégua de cem dias, para que o exército alemão se reforce para resistir ao bolchevismo, (vide russos). Churchill e Stálin mostram satisfação com o fracasso da Operação Valquíria que poderia ter impedido a vitória total e arrasadora sobre a Alemanha. De que lado estavam??? A ofensiva aliada foi acelerada na Normandia, para conter o exército soviético. Não era a época adequada produzindo milhares de baixas adicionais, mas o objetivo era conter o avanço russo, evitando o controle total pela URSS. É o caso de perguntar-se: Se no final da segunda guerra a Alemanha estava acabada, a capitulação era apenas uma questão de tempo
Então a guerra era contra quem? Claro que a resposta é simples, já se pensava no controle do mundo, quem controlaria? Já se preparava outra guerra. Ainda bem que não saiu, mas quase. “Daí se conclui que na realidade a melhor definição de paz: “É o intervalo entre duas guerras. Que o povo nada sabe das maquinações dos poderosos. Estão inventando armas poderosíssimas capazes de colocar no bolso a famosa Bomba Atômica, que sabemos delas, apenas algumas referências esparsas e isoladas. Como alguém me disse? “Da missa não sabemos um terço”. porque há muitas "estórias" que a História oficial não conta.

Fonte: http://zulan.blogspot.com.br


O enterrado vivo...

O Dr. Perón Autret advertia em seu livro. "Os enterrados vivos", acerca do possibilidade de alguém ser enterrado vivo, vitima da morte aparente, causada por uma crise de catalepcia.
Conhecedor da tese do médico francês, o Dr. Milton R. Dantas, que durante muitos anos foi Diretor do Instituto Médico Legal, na cidade de Natal – RN, recorda a tragédia do seu amigo J. G. A, vítima de um choque elétrico que o deixou aparentemente morto. 

Durante o velório, sentado ao lado do ataúde, o dr Milton surpreendeu-se com a viúva enxugando, com freqüência, a testa úmida do marido. Discretamente, sem despertar curiosidade, ele lhe toma o pulso e verifica-lhe a temperatura. Não percebeu nenhuma pulsação, no entanto o corpo não estava frio nem a pele apresentava-se cerosa com a característica cor cadavérica.
Sem confessar a suspeita, sugere à desolada esposa a conveniência de adiar o sepultamento, em vez de fazê-lo às 17h , como estava programado. E o enterro só foi realizado na manhã seguinte. Três anos depois, ela manda retirar os restos mortais do marido.
O coveiro, ao levantar a tampa do caixão, surpreendentemente, torna a fechá-lo. Exige a presença do médico legista. Coincidentemente o Dr. Milton encontrava-se no cemitério, como o fazia diariamente na sua condição de médico verificador de óbitos. Levantando a tampa novamente, ele olhou para o interior do caixão. E o que viu nunca mais pôde esquecer. O amigo, a quem visitara durante o velório, encontrava-se emborcado, vestido com o mesmo terno azul ainda em perfeito estado.
O coveiro, com a sensibilidade embotada pela natureza do seu trabalho, volta-se para a viúva e, rudemente, lhe declara apontando para o túmulo vazio.
- Minha senhora, o seu marido morreu aqui dentro.

Autor: José de Anchieta Ferreira, Histórias que não estão na História- RN Gráfica e Editora Ltda.



Uma esdrúxula herança ...



As heranças de pessoas milionárias são um desejado “presente” para todos seus parentes. Na história, muitas pessoas ricas deixaram suas fortunas para as pessoas mais amadas e próximas. No entanto, há milionários excêntricos que repartiram suas riquezas de uma maneira muito particular, ou mesmo esdrúxula. Este post conta uma dessas histórias incríveis sobre heranças: 
Em Portugal, um homem deixou uma herança para 70 pessoas escolhidas a esmo. Aos 29 anos, Luis Carlos de Noronha Câmara, solicitou a um tabelião de Lisboa que fizesse seu testamento legando seus bens a 70 pessoas escolhidas ao acaso em uma lista telefônica. Luis Carlos era um homem solitário e faleceu aos 42 anos de morte natural deixando como herança um valioso prédio de 12 andares no centro de Lisboa, uma casa em Guimarães, no norte de Portugal, um carro e pouco mais de 60 mil reais para serem repartidos entre os beneficiários. 


9 de agosto de 2012

Monga, a estranha mulher com aparência de macaco



 Nascida em 1834, Julia desenvolveu uma forma severa de hipertricose, doença raríssima que atinge uma em cada 300 milhões de pessoas, deixando o corpo coberto de pêlos pretos. Também não ajudou muito o fato de Julia ter orelhas grandes, gengivas inchadas e mandíbulas estranhas – na época, chegaram a cogitar que ela teria duas fileiras de dentes, mas recentes exames de raios X na arcada dentária de seu corpo mumificado (calma, a gente chega lá) comprovaram que sua dentição era normal. 

Coloque essa aparência bizarra sob os cuidados de um homem explorador e você terá, na pior acepção da expressão, um show de horror. Descoberta pelo comerciante Theodor Lent (que depois se casaria com ela), Julia passou a ser exibida em freak shows, as caravanas de mulheres barbadas, pessoas deformadas e coisas estranhas que viajavam pela Europa e pelos EUA entre a 2a metade do século 19 e a 1a do 20. Tinha 20 anos quando estrelou seu primeiro espetáculo, A Incrível Híbrida ou Mulher-Urso. 
No show, além de dar o ar de sua graça, Julia dançava e cantava – tinha uma voz bonita, dizem. A grossa pelagem escondia uma moça educada e inteligente – Julia falava espanhol e inglês, adorava cozinhar e costurar. Morreu aos 26 anos, de complicações no parto, depois de dar à luz um filho que sofria de hipertricose (e que morreu 3 dias depois de nascer). 
Nem isso preocupou Lent: o empresário mandou mumificar os dois cadáveres e continuou a exibi-los até sua morte, em 1880. As múmias reapareceram em 1921 nas mãos de Haakon Lund, um showman norueguês que viajou com os cadáveres por duas décadas. Hoje, Julia e o filho descansam no Instituto Forense de Oslo, longe do público apavorado dos parques de diversão.

Curiosidades:
• Julia Pastrana foi citada até por Charles Darwin. O naturalista usou o exemplo da moça para investigar o excesso de pêlos e dentes em mamíferos. • Depois da morte de Julia, seu marido encontrou outra mulher com as mesmas características e se casou com ela! Antes de ser internado em um hospício, ele começou a dizer que as duas eram a mesma pessoa. • Quando os nazistas invadiram a Noruega, o “dono” da múmia de Julia convenceu os alemães a mostrar o cadáver no território ocupado. Os lucros da turnê foram revertidos ao 3º Reich.

Fonte: http://super.abril.com.br







A SEREIA ASSASSINA DE MANAUS

Numa noite foi encontrado nas areias brancas da zona praieira do Rio Negro, em Manaus, o cadáver de um homem. O corpo não tinha sangue e o pescoço apresentava estranhas perfurações . As prováveis testemunhas depuseram na delegacia. Umas falaram de uma "loura usando meias pretas", outras disseram ter visto a tal loura "correndo seminua pela praia transformando-se em sereia para desaparecer nas águas escuras". 

Por mais incríveis que parecessem os depoimentos e apesar do descrédito geral, novas mortes se seguiram. Primeiro, uma menina de nove anos; depois um grupo de turistas que tiveram seus pescoços dilacerados e seus corpos dessangrados.

Pressionado, o secretário de Segurança do Estado mandou 30 homens bem armados patrulharem as praias. Tudo se acalmou por umas semanas, até que um novo ataque aconteceu, desta vez contra os patrulheiros , com resultados assombrosos: dos 30 homens armados, 13 confrontaram-se com a "Sereia Assassina". Oito soldados morreram esquartejados , seus braços e pernas ficaram espalhados ao longo da praia. Outros quatro, muito feridos, não tinham a menor idéia do que os havia atacado.

Somente um soldado, Jesuíno Meneses, conseguiu descrever uma mulher grande, de 1m90 ou mais, muito branca, olhos felinos, vermelhos, longos, cabelos louros e de dentes arreganhados, limados e afiados. Ela estava seminua e faltava-lhe um dos seios. Agarrado à mão de um dos soldados mortos foi encontrado um estranho amuleto. O objeto ainda manchado de sangue, foi levado ao museu Emílio Goeldi, no Pará, deixando os estudiosos perplexos.

Segundo declararam aos jornais da época, aquele amuleto podia ser a primeira prova concreta da existência das lendárias amazonas, as índias guerreiras que habitavam o rio de mesmo nome, assim batizado em homenagem às mitológicas mulheres guerreiras da antiga Grécia. No entanto, nunca mais se repetiram aqueles crimes nas praias da cidade de Manaus

Autor desconhecido