24 de outubro de 2012

A misteriosa vida de Shanti

Em 1930 uma indiana de quatro anos disse que já tinha vivido em um lugar chamado Muttra, que ela foi uma mãe de três filhos e que morreu dando a luz. Seu nome “anterior” havia sido Ludgi.
Como ela insistia na história, os pais de Shanti investigaram tudo e descobriram que realmente há uma vila chamada Muttra e que, recentemente, uma mulher chamada Ludgi havia morrido lá.
Eles levaram Shanti ao local e ela começou a falar no dialeto da região, reconheceu seu ex-marido e seus filhos e confirmou alguns fatos que só Ludgi saberia. Reencarnação?


O Andarilho das Estrelas


No ano de 1913, foram contrabandeados das muralhas da penitenciária de San Quentin, Califórnia, os escritos de um ex-detento, que cumpriu pena por 8 (oito) anos, sendo 5 (cinco) longos anos na solitária, onde passava a maior parte do tempo preso à camisa-de-força, e, após este longo período, veio a ser enforcado.
Seu nome era Danell Standing. Danell era professor de Agronomia, na Escola de Agricultura da Universidade da Califórnia. Foi apanhado em flagrante sob a acusação de assassinato do Professor Harkell, num dos laboratórios da Mineração.
Na prisão, sofreu todo o tipo de perseguições e torturas, até que na solitária, preso em uma camisa-de-força, fraco e cheio de dores, aprendeu a controlar sua agonia e sofrimento por meio da auto-hipnose, um método que aprendeu dentro da própria prisão.
Através da auto-hipnose, Danell Standing não só permanecia num estado de aparente "coma", como os médicos da prisão relataram, mas aprendeu o que os parapsicólogos chamam de desdobramento, ou segundo os místicos, viagem astral. Por meio deste estado induzido, Danell foi capaz de "vivenciar" ou "lembrar" suas encarnações passadas.
Em suas memórias, dentre todas as encarnações descritas, uma em especial, chama a atenção. Em seus relatos, Danell descreve uma existência anterior como um marinheiro americano, de nome Daniel Foss. Ele conta que partiu do porto da Filadélfia em 1809, com destino às Ilhas da Amizade.
Seu navio naufragou a 25 de novembro de 1809. Ele foi o único sobrevivente, e viveu 8 anos isolado numa ilha se alimentando somente de carne de foca, até ser resgatado. Em seu poder, havia um canivete e um remo, no qual talhava com um marco, o fim de cada semana que ali passava. Neste remo, talhou também, segundo Danell, os seguintes dizeres:

"Serve esta para informar à pessoa em cujas mãos este Remo vier a cair que DANIEL
FOSS, natural de Elkton, Maryland, um dos Estados Unidos da América do Norte, e
que zarpou do porto da Filadélfia em 1809 a bordo do brigue NEGOTIATOR rumo às
Ilhas da Amizade, foi lançado nesta ilha  desolada em fevereiro do ano seguinte e ali
erigiu uma cabana e viveu inúmeros anos, subsistindo com carne de foca – sendo ele
o último sobrevivente da tripulação do dito brigue, que colidiu com uma ilha de gelo e
naufragou aos 25 de novembro de 1809.

Danell Standing, após a "lembrança" (por meio dos desdobramentos ou viagens astrais) desta vida, conseguiu, por intermédio do encarregado-chefe da prisão, o qual havia sido também prisioneiro e seu ex-vizinho de cela na solitária, enviar uma carta ao curador do Museu da Filadélfia, argüindo sobre o remo em questão, pois quando salvo, em sua outra encarnação, doou o remo ao Museu.
A resposta do curador segue transcrita abaixo:
É verdade que existe aqui um remo como V.Sa. descreveu. Mas poucas pessoas sabem de sua existência pois ele não está em exibição ao público.
Na verdade, e já ocupo este cargo há dezoito anos, eu próprio não sabia de sua existência. Mas, consultando nossos antigos registros,descobri que tal remo foi-nos doado por um certo Daniel Foss, de Elkton, Maryland, no ano de 1821.
Não foi senão depois de longa busca que encontramos o remo, numa sala de madeirames diversos num sótão em desuso. As chanfraduras e o relato estão entalhados no remo, exatamente do modo descrito por V.Sa..
Está também em nossos arquivos um livreto, doado na mesma época, escrito pelo dito Daniel Foss e impresso em Boston pela firma N. Coverly, Jr.Esse livreto descreve oito anos da vida de um náufrago numa ilha deserta. É evidente que esse marinheiro, em sua velhice e passando necessidades, fez circular o dito livreto entre as almas caridosas.
Tenho muita curiosidade em saber como V.Sa. tomou conhecimento desse remo, cuja existência nós, do Museu, ignorávamos. Estarei correto em presumir que V.Sa. teria lido esse relato em algum documento posteriormente publicado por esse Daniel Foss? Terei a maior informação em receber quaisquer informações sobre o assunto e comunico a V.Sa. que estou tomando providências imediatas para recolocar o remo e o livreto em exibição.
Sem mais, firmo-me mui atenciosamente,

Hosea Salsburt

Fonte: "O Andarilho das Estrelas", de Jack London, Ed. Axis Mundi

15 de outubro de 2012

Com a sogra, Lampião não criava caso


Nem precisa ser muito macho pra sair por aí falando mal da sogra. Mas Lampião, que é Lampião não podia reclamar da sua. Pra começar, foi ela quem estimulou a filha a ter um romance com o rei do cangaço. Os bandoleiros passaram pela fazenda da família e dona Déa imaginou que Maria Bonita, então aos 18 anos, seria feliz ao lado da lenda viva. Detalhe: a jovem já era casada com um sapateiro. 

Há quem diga que a sogra ainda quebrou outro galho para o cabra: assumiu um filho do casal de cangaceiros. Maria Bonita tinha dois irmãos gêmeos mais novos – Ananias e Arlindo. Mas apenas um deles seria realmente seu irmão. O outro era cria sua, assumida pela avó depois que as duas embarrigaram ao mesmo tempo. Os rebentos de grupos de cangaceiros costumavam ser deixados com fazendeiros ou padres, e essa teria sido uma solução para não entregar o bebê do casal mais famosos do cangaço a qualquer um.

Ananias, 79 anos, morreu em setembro de 2009 em São Paulo. Em visita a Bahia três anos antes, os familiares lhe falaram sobre o grau de parentesco trocado. Ainda não se tem prova porque a única descendente direta reconhecida por Virgulino, Expedita, não fez o exame de DNA. Outro genro de dona Déa revela na sua biografia, Reminiscências de um Ex-Combatente de Volante, o segredo da sogra. Segundo José Mutti, com muita insistência, Déa confessou, sobre o gêmeo de pele mais escura: “É filho do homem.” 

Escrito por Natália Pesciotta



14 de outubro de 2012

Perguntas que decerto nunca serão respondidas.



Patrice Gaston, cujo livro "Disparitions Mysterieuses" serve como um manual do fenômeno de desaparecimentos humanos, nota que no irromper dos ainda não explicados blecautes que mergulharam a cidade de New York City e o Nordeste na escuridão de 1965, no meio de uma pesada atividade OVNI, no ano, 4 milhões de pessoas foram relatadas como desaparecidas apenas pela Companhia Tracers nos EUA; um aumento de 2 milhões da estatística anual média de pessoas que são listadas como desaparecidas.
Acrescente-se a esta estatística o número de desaparecimentos inexplicáveis que sucederam os misteriosos blecautes que engolfaram o planeta (da Argentina ao Oriente), e lembrem-se da declaração de Charles Fort, "acredito que estamos sendo pescados".
Contudo, deve-se ter reservas em colocar a origem dos desaparecimento e nos OVNI's, pois a maior parte dos desaparecimentos, como aqueles ressaltados anteriormente, ocorreram independentes de ondas de avistamento de OVNI's.
A pergunta verdadeiramente difícil a respeito dos misteriosos desaparecimentos de seres humanos através das épocas são:
(a) o que causou seu desaparecimento?
(b) o que foi feito deles? Várias teorias tem sido apresentadas para responder a estas perguntas perturbadoras.
O erudito britânico F.W.H. Myers acreditava que para cair pelas fissuras que levam da nossa realidade para uma outra, completamente inimaginável, a vítima deve ter um "talento" oculto que ele nomeou de diátese psicorrágica.
Esta condição mental ou habilidade causa um rompimento do tecido da mente, energia e matéria enviando a indefesa vítima pelas rachaduras da realidade, transportando-a de uma dimensão para outra.
Segundo Myers, esta habilidade causaria uma passagem abrupta, não desejada e não intencional de nosso mundo tridimensional a um mundo de quatro dimensões, ou permitira a passagem de estranhas criaturas de sua própria dimensão para a nossa.
Se Myers estava na pista certa, então alguém também pode supor que pode haver aqueles que tem aperfeiçoado este talento e o utilizem para se teleportarem entre mundos ou planos de existência.
Os felinos misteriosos, monstros peludos, criaturas bizarras que são avistados em todo o mundo, podem utilizar esse "portal" para atravessar de sua realidade para a nossa à vontade.
Os autores D. Scott Rogo e Jerome Clark sugerem que entre as características físicas de muitas criaturas bizarras relatadas, a maioria apresentava olhos luminosos, sugerindo que a dimensão de seu mundo poderia ser de escuridão.
O parapsicólogo argentino Juan Jacobo Bajarlya oferece uma explicação diferente: a parapsicologia admite a existência de um fenômeno conhecido como hiloclastia - a penetração da matéria pela própria matéria.
Este fenômeno explica como um objeto sólido pode atravessar uma parede por outra dimensão sem deixar um traço físico.
Embora a teleportação seria um efeito colateral da hiloclastia, o Dr. Bajarlya nos adverte que os efeitos paranormais somente aconteceriam em um estado de transe.
O indivíduo deve entrar no estado de transe que ele denomina paragnosia (o estado de consciência paranormal), que supera os cinco sentidos, ao longo da razão e da vontade livre.
A energia produzida pelo indivíduo vivenciando esta condição, geralmente como resultado do medo, pode ser tão intensa que faça com que a vítima levite ou seja atirada a uma outra dimensão, ou a coloque em um lugar inalcançável.
Um tratamento mais completo desta hipótese interessante aparece no trabalho do Dr. Antonio Las Heras, "Respuestas al Triângulo de las Bermudas".
Gordon Creighton, editor da prestigiada Flying Saucer Review, e o ufologista espanhol Salvador Freixedo tem expressado uma crença que seres elementais conhecidos no islamismo como djinn, jinas, ou gênios são os responsáveis por estes enigmáticos desaparecimentos.
Os elementais árabes tem a sua contrapartida nas fadas européias e nos anões e espíritos nativos americanos.
O djinn tem um grande prazer em se meter nos assuntos humanos, e são capazes de fazer isto porque são invisíveis aos nossos olhos.
Eles tem a habilidade de aparecerem em nosso mundo sob o disfarce que escolherem e tem grande prazer em abduzir humanos.
Finalmente, voltamos aos OVNI's como causa de desaparecimentos.
Em um caso perturbador, ocorrido em Cajamarca, Peru (não foi dado a data), uma mulher chamada Isabel Tuct foi raptada em um piscar de olhos por um brilhante OVNI que repentinamente desceu enquanto ela estendia a roupa lavada para secar.
Vários vizinhos testemunharam o evento e o caso permanece não resolvido.
O testemunho dos funcionarios de Zimbabue que desapareceram em Mt. Inyangani permanece o único meio de responder a segunda pergunta: o que acontece com aqueles que desaparecem sob estas circunstâncias.
Conquanto eles não tenham sentido nem fome e nem tão pouco cansaço naquele intervalo de tempo que permaneceram desaparecidos, é altamente improvável que isto permanecesse de forma indefinida.
Uma nota mais importante: é interessante saber que os esqueletos das vítimas de Mt. Glastenbury em Vermont costumam aparecer muitos e muitos anos mais tarde. Será que eles agem para espelir o corpo físico de volta para a nossa realidade?
Talvez cair em uma dobra de espaço/tempo/realidade tenha consequências devastadoras para a vítima, perturbando seus sentidos e causando danos irreparáveis.
Charles Fort menciona o súbito aparecimento de "homens selvagens" aparentemente amnésicos na Inglaterra durante o inverno de 1904-1905.
Eles estavam nus e falavam uma linguagem desconhecida entre os especialistas disponíveis da polícia.
Poderiam eles terem sido vítimas de desaparecimentos misteriosos e terem reaparecido em outro lugar e época, sendo que suas mentes possam ter sido arruinadas pela passagem não natural?
Muitas teorias e teses existem a respeito desses misteriosos desaparecimentos que ocorrem em nosso mundo até os dias atuais, mas comprovadamente nada de concreto foi descoberto, deixando as famílias e amigos dos desaparecidos com um grande vazio em conjunto com as dúvidas que assombram os que ficam:
O que aconteceu?
Para onde foi?
Onde está?
O triste é observar que estas perguntas provavelmente nunca serão respondidas.