30 de abril de 2016

Uma história de amor e lealdade

                                                                   FOTO DE BOBBY

Os cães da raça Skye Terrier são oriundos da ilha de Skye e são conhecidos por sua lealdade e companheirismo.
Bobby, um cão Skye Terrier ainda novo, era o fiel companheiro de um polícial chamado John Gray. John e o cão converteram-se em amigos inseparáveis, estavam sempre juntos, especialmente à noite quando o Bobby não arredava do tapetinho ao pé da cama de John, notadamente durante a doença do seu dono, acometido de tuberculose. Esta cumplicidade perdurou até o ano de 1858, quando John morreu e foi enterrado no cemitério Greyfriars. Seu cãozinho acompanhou o féretro do seu dono até terminar seu sepultamento.

                                                                   Sepultura de Jonh Gray

A partir daquele dia, durante 14 anos, diariamente, Bobby dirigiu-se ao cemitério e permaneceu ao pé da sepultura de seu dono, durante a noite. Mesmo com chuva, frio e madrugadas nevadas, o fiel cãozinho nunca deixou de ir para perto do seu dono, nem a velhice, as doenças e a visão deficiente impediram-no de visitar o lugar que sabia guardar o que restava de John. E assim foi até sua própria morte em 1872. Bobby foi encontrado morto, deitado sobre o túmulo de John.

                                                                  O Túmulo de Bobby

Mas, onde ficava e o que fazia Bobby durante o dia, após a morte do seu dono? Ora, não lhe faltaram amigos e pessoas que o alimentassem, pois tornara-se um cãozinho famoso e querido devido à sua amizade e lealdade à memória de John. Além disso, o Castello de Edimburgo era um dos lugares favoritos de Bobby, resultando dessa sua preferência o surgimento de uma tradição que ligou o cãozinho ao Castelo de Edimburgo: trata-se do disparo de canhão que passara a ser dado diariamente às 13 hrs.
Conta a lenda que um capitão de marinha visitou Edimburgo em 1860. Quando voltou a seu lar, informou que tinha visto uma cidade maravilhosa, cheia de construções e monumentos esplêndidos, onde viviam homens sábios e belas mulheres. Tinha só um problema, ninguém sabia a hora correta do dia. Tinham suficientes relógios, mas nenhum deles indicava o mesmo horário.
Em 1861, a situação foi corrigida quando os servidores públicos da cidade decidiram que fosse feito um disparo de canhão todos os dias no castelo. Desse modo, todos os cidadãos poderiam ajustar seus relógios.
Ao mesmo tempo em que esta tradição começou, Bobby ficou amigo de um soldado nos quartéis do castelo, seu nome era Scott, que apresentou a Bobby a seus amigos e todos deram as boas-vindas ao novo camarada peludo. Uma das responsabilidades do sargento Scott era a de ajudar a disparar o canhão e Bobby sempre o seguia às rampas do castelo para ser testemunha da ação.
Imediatamente após o disparo, Bobby se dirigia a um restaurante chamado "The Eating House", onde o dono regularmente lhe dava o seu almoço.
Logo ele se converteu em uma atração diária. Uma multidão frequentemente reunia-se nas portas do cemitério ou do restaurante para esperá-lo. Bobby não perdia tempo com sua comida. Nem bem terminava, corria para o cemitério para se sentar pacientemente ao lado da sepultura de John Gray.
O cãozinho é uma parte querida da história de Edimburgo, sua coleira e seu prato são preservados na Casa Huntly, o museu dedicado à história da cidade.
Após a morte de John Gray, Bobby não tinha dono oficial. Era amado e regularmente alimentado pelas famílias e comerciantes situados ao redor do cemitério, mas ninguém tinha pago a sua licença, motivo pelo qual, mais dia menos dia, seria levado pela carrocinha.
O Sr. James Brown que cuidava do cemitério, contou como encontrou Bobby deitado sobre o túmulo, à manhã seguinte do enterro. Como era proibido a permanência de cães no cemitério, o Sr. Brown perseguia o cãozinho até tirá-lo dali, mas na manhã seguinte ele voltava. Uma e outra vez Bobby foi afugentado ate que o Sr, Brown ficou com pena e permitiu que ficasse.
Ainda nos dias de clima mais horrível, Bobby não abandonava sua posição, e com freqüência latia naqueles que tentavam convencê-lo de que ficasse em suas casas.
Felizmente para Bobby, o prefeito da cidade, Sir William Chambers era um amante dos cães. Como chefe do município, era um homem poderoso e quando o assunto da licença de Bobby surgiu, pediu para conhecer o cãozinho. Sir William ficou encantado com ele e decidiu pagar por sua licença indefinidamente. Ele deu uma coleira a Bobby, a que se encontra hoje no museu, e um prato de bronze com a seguinte inscrição: "Greyfriars Bobby do Prefeito, 1867, autorizado".
A área da cidade antiga por onde Bobby perambulava e agora se encontra sepultado, tem muitos exemplos de belos monumentos dos séculos XVII e XVIII.


Um ano após a morte de Bobby, a Baronesa Burdett Coutts mandou esculpir uma estátua e uma fonte para comemorar a vida de um cão devoto e a história de uma amizade que superou a morte. A estátua está a poucos passos do cemitério e atrás dela, há um pub que leva o nome do cãozinho em sua honra.

21 de abril de 2016

A casa que originou um processo


Stambovsky v. Ackley, vulgarmente conhecida como a "Decisão Ghostbusters", é um caso na Suprema Corte de Nova York, que considerou que uma casa, que o proprietário já havia anunciado ao público como assombrada por fantasmas, foi legalmente considerada assombrada, com o propósito de uma ação de rescisão interposta pelo comprador subsequente dessa propriedade.
Esse caso, pela sua originalidade, tem sido frequentemente impresso em livros sobre contratos e direito de propriedade e amplamente ensinado nas faculdades de direito dos EUA e é frequentemente citado por outros tribunais.
Em 1989, um homem chamado Jeffrey Stambovsky adquiriu uma casa em Nova Iorque que previamente havia sido ocupada por Helen Ackley e sua família, quem haviam relatado diversas histórias sobre a propriedade, inclusive chegando a ter os relatos publicados no Reader's Digest daqueles anos.
Stambovsky não se importava com as histórias e nem tampouco com os fantasmas que nunca viu, mas sua mulher estava aterrorizada, o que fez com que Stambovsky entrasse em um processo judicial contra Ackley para que devolvessem o dinheiro alegando representação fraudulenta. 
E de forma totalmente inesperada, os juízes do caso reconheceram a casa como um lugar paranormal, já que Ackley havia feito publicidade sobre o fato e inclusive havia ganhado dinheiro com isso, mas não indicou esse pequeno detalhe no anúncio de venda do imóvel, o que seria omissão de informação.

Postado por Everaldo José dos Santos

17 de abril de 2016

Getúlio teria sido assassinado?

Contrariando a historia oficial sobre a morte de Getúlio Vagas, em que se apresenta até carta de romance com o Brasil, que dizem que foi redigida pelo próprio Getúlio, que não mostra traços de depressão que é o principal motivo que leva ao suicídio, a amante de Vaga disse que ele foi assassinado e ela viu tudo!

Em 2007, a atriz, cantora e vedete Virgínia Lane, nascida no dia 28 de fevereiro de 1920, no Rio de Janeiro, e reconhecida como "A Vedete do Brasil", fez surpreendente e bombástica revelação sobre a morte do ex-presidente do Brasil, o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, que, com certeza, muda a história política do Brasil a partir de 24 de agosto de 1954, data em que o Presidente da República, tido como "O Pai dos Pobres", foi assassinado, ao contrário do que conta a "história oficial" ensinada nos livros e nas escolas, que afirma que Getúlio Vargas se "suicidou" com um tiro no peito. Na versão contada por Virgínia Lane, Getúlio foi assassinado por quatro homens encapuzados e, sob a suspeita de que o mandante teria sido o então governador do Rio de Janeiro e dono do jornal "A Tribuna da Imprensa", Carlos Lacerda.

A nova versão da triste noite em que morreu o presidente Getúlio Vargas, feita pela verdete, atraiu não a imprensa nacional para cobrar dos agentes do atual governo e Senado para levantar uma equipe da PF, Exercito, ABin e historiadores a fim de apurar se tem veracidade tal informação, sobre a tragédia brasileira guardada sob asas das águias no antigo palácio da República, no bairro do Flamengo, coração do Rio de Janeiro. Pode até ser uma versão fantasiosa, mas dá um belo novo roteiro e promove a veterana atriz na mídia, enquanto lança mais mistérios na morte do presidente. Afinal, Vargas teria sido morto ou teria se suicidado, como diz a história do Brasil?

"Getúlio Vargas foi assassinado. Eu estava na cama com ele. Entraram quatro mascarados e atiraram no presidente. Getúlio Vagas mandou o (segurança) Gregório me atirar pela janela (para me proteger). Fraturei costela e braços. Vou contar isto no meu livro de memórias, que está no prelo. Eu morro, dizendo a verdade…", declarou a vedette Virgínia Lane, 87 anos, em entrevista à rádio Globo, mas morreu no dia 10 de fevereiro deste ano com infecção urinária e não lançou este polêmico livro.

A época da entrevista, cercada de lembranças na casa em que vivia em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, Virgínia Lane, emocionava-se ao pensar em Getúlio Vargas, 53 anos após a morte do presidente. Não são recordações apenas de uma fã. Segundo a ex-vedette conta, durante 15 anos ela e o mais controvertido dos chefes de estado do Brasil tiveram um romance. "O presidente gaúcho era romântico, gostava de serenatas e costumava presentear-me com orquídeas brancas. Gostei imensamente dele e do meu segundo marido, Ganio Ganeff. Foram meus dois grandes amores", afirma ela e adiante, enfatiza: "Com Getúlio pode não ter sido um amor eloquente. Mas foi um amor muito sensível. Getúlio era barrigudinho, baixinho, mas não tinha problema, pelo homem que ele era. Gostei dele desinteressadamente. A família Vargas sabia do romance, inclusive a mulher dele, dona Darci. Vou contar tudo em meu diário."