28 de dezembro de 2014

Uma história de amor e loucura


Pilares adornados emolduram as ruínas cobertas de hera do castelo Baldoon, que se ergue em um trexo desolado das terras baixas escocesas, cerca de 130 quilômetros" de Glasgow, Baldoon foi o cenário de uma história trágica, mais tarde imortalizada por Sir Walter Scott em seu romance Lúcia de Lammermor.
A história real envolveu a familia de Sir James Dalrymple, eminente jurista e estadista. Sua filha mais velha era a bela Janet Dalrymple, que antes de atingir a maioridade comprometeu-se em segredo com um jovem nobre pobre a quem amava, Lord Rutherford.
Os pais de Janet, particularmente sua mãe, uma mulher arrogante cujos ditames nem mesmo seu marido se atrevia a contrariar, reprovaram a união dos dois apaixonados jovens.
Impotente diante da autoritária mãe, Janet não teve outra alternativa senão renunciar à felicidade e, assim, viu-se forçada a faltar com a palavra dada a seu verdadeiro e grande amor, submetendo-se à vontade dos seus pais, obedecendo à determinação destes de casá-la com o homem escolhido por eles, David Dunbar, sobrinho de Rutherford e herdeiro de Baldoon. Triste, infeliz, mas resignada,Janet casou-se com Dunbar no dia 24 de agosto de 1669.
Há várias versões do que ocorreu na trágica noite de núpcias, porém a mais conhecida conta que houve um grande banquete e um esplendoroso baile em Baldoon ,durante o qual o casal se recolheu aos seus aposentos, como ditava a tradição milenar. 
Logo depois, os convidados ouviram assustados, aterrorizantes.gritos vindo do quarto nupcial.
Arrombando a porta, perplexos os pais e alguns convidados acharam Dumbar estendido no chão, ensanguentado por vários ferimentos de faca. A noiva, com o vestido todo sujo de sangue, estava agachada em um canto, murmurando consigo mesma, claramente enlouquecida. 
As únicas palavras coerentes que a ouviran dizer foi: "Levem daqui esse noivo ossudo". Dunbar sobreviveu, mas Janet morreu em menos de um mês. Diz-se que seu fantasma manchado de sangue ainda assombra Baldoon, talvez em espiação, talvez procurando por seu amor perdido. 

Autor: Denis Ferraz


3 de novembro de 2014

Um espantoso testamento.



As heranças de pessoas milionárias são um desejado “presente” para todos seus parentes. Na história, muitas pessoas ricas deixaram suas fortunas para as pessoas mais amadas e próximas. No entanto, há milionários excêntricos que repartiram suas riquezas de uma maneira muito particular, ou mesmo esdrúxula. Este post conta uma dessas histórias incríveis sobre heranças: 
Em Portugal, um homem deixou uma herança para 70 pessoas escolhidas a esmo. Aos 29 anos, Luis Carlos de Noronha Câmara, solicitou a um tabelião de Lisboa que fizesse seu testamento legando seus bens a 70 pessoas escolhidas ao acaso em uma lista telefônica. Luis Carlos era um homem solitário e faleceu aos 42 anos de morte natural deixando como herança um valioso prédio de 12 andares no centro de Lisboa, uma casa em Guimarães, no norte de Portugal, um carro e pouco mais de 60 mil reais para serem repartidos entre os beneficiários. 
Não é difícil imaginar o espanto dos inusitados herdeiros que sequer conheciam o benfeitor. 

8 de outubro de 2014

Por que Bento XVI espionou Padre Marcelo



Com batina e de microfone em punho, agitando o próprio corpo e o de uma multidão de fiéis, embalados por música dançante e coreografias animadas, padre Marcelo Rossi, da arquidiocese de Santo Amaro, em São Paulo, imprimiu ritmo às modorrentas missas católicas a partir do final dos anos 1990 e assim galgou o pedestal da fama. Em nome da evangelização do povo, o sacerdote cantor se tornou onipresente em programas de auditório e se transformou no artista cristão mais bem-sucedido da América Latina – amparado pela venda de milhões de exemplares de CDs, DVDs e livros. Padre Marcelo, porém, nunca gozou de prestígio entre a alta cúpula da Igreja Católica, em Roma. No ano em que comemora o 20º aniversário de sua ordenação, ganhou de presente a indigesta notícia de que fora alvo, durante quase uma década, de uma espionagem do Vaticano, mais precisamente da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por vigiar a retidão da doutrina cristã pelo mundo. O responsável pela investigação teria sido o papa Bento XVI – na época ainda cardeal Joseph Ratzinger, o prefeito dessa poderosa instituição, espécie de ministério da Santa Sé (leia quadro). Caso fosse mal avaliado por seus observadores romanos, o sacerdote brasileiro poderia ser impedido de rezar missas e celebrar a comunhão, além de ser obrigado a aposentar sua porção popstar e tudo o que advinha dela – produtos comerciais e a exposição acentuada em meios de comunicação.Alertado sobre a existência de missas-espetáculo, culto ao personalismo e vulgarização da liturgia, o Vaticano investigou durante anos o sacerdote mais famoso da América Latina, por temer um cisma dentro da Igreja Católica do País
Vale lembrar que, em meados dos anos 90, a manifestação de uma espiritualidade mais efusiva, como a presenciada na Renovação Carismática Cristã, da qual padre Marcelo é simpatizante, causava arrepios nas autoridades da Igreja. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chegou a publicar um documento para disciplinar a atividade. Assim, após Rossi ser acusado por um de seus pares brasileiros, cuja identidade foi mantida em sigilo, de vulgarizar a liturgia, dar ares de espetáculo às missas e fazer culto ao personalismo, o Vaticano acionou a sua Congregação para investigar se a sua ovelha estaria atravessando a cerca, justamente num dos solos mais férteis do catolicismo mundial. “O padre Marcelo se tornou o personagem principal na diocese de Santo Amaro, que fora uma subdivisão da antiga Arquidiocese de São Paulo, e servia de escada para o bispo dele (dom Fernando Figueiredo). É assim até hoje. E isso causava, no mínimo, um estranhamento”, afirma José Reginaldo Prandi, uma das maiores autoridades do País em sociologia da religião e professor sênior da Universidade de São Paulo (USP).

ENCONTRO
Depois de se recusar a receber padre Marcelo quando esteve no Brasil, em 2007, o papa Bento XVI entregou pessoalmente ao brasileiro o prêmio de Evangelizador Moderno, em 2010, no Vaticano
Para André Ricardo de Souza, autor de “Igreja in Concert: Padres Cantores, Mídia e Marketing” e professor do departamento de sociologia da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), a investigação teve como alvo não só o padre Marcelo, mas também dom Fernando, uma vez que o bispo deu o aval para a conotação midiática e a exploração comercial da fé em sua diocese. “Se ele permitia esse ritual, era suspeito também para o Vaticano”, diz. O receio da Santa Sé, na opinião de Souza, era que um cisma surgisse no seio do catolicismo brasileiro. “Desde a Reforma Protestante, quando um clérigo ganha muita projeção, a Igreja se preocupa com a possibilidade de ele desencadear uma dissidência”, afirma. “Então, preocupava, sim, que em Santo Amaro pudesse surgir uma vertente da Igreja Católica.” Procuradas, a Nunciatura Apostólica, espécie de embaixada do Vaticano no Brasil, e a CNBB não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

Grande mentor da Teologia da Libertação, movimento que interpreta o Evangelho à luz das questões sociais, o teólogo Leonardo Boff foi observado e punido pelo mesmo Joseph Ratzinger e sua Congregação para a Doutrina da Fé. Forçado a um silêncio obsequioso que culminou com a sua saída da ordem franciscana, em 1992, Boff não quis tecer comentários sobre alguém que, como ele, fora alvo de investigação do órgão católico. Apenas afirmou: “A inveja dos clérigos é a pior que existe. Roma não admite alguém que lhe faça alguma sombra.” Para o teólogo Jorge Claudio Ribeiro, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, o que mais choca é o silêncio que envolve esse episódio. “Ninguém sabe, ninguém comenta, não se sabe quem denunciou... Não gosto do estilo do padre Marcelo, mas ele não foi e nem está sendo tratado condignamente.

13 de junho de 2014

A Segunda Guerra Mundial está mal contada...

Assim como a descoberta do Brasil foi uma farsa montada pela coroa Portuguesa, também a história da Segunda Guerra Mundial, para citar outro evento importante está muito mal contada. Na realidade a Alemanha já tinha perdido a guerra em 1943 na Batalha de Kursk para a Rússia, pois a partir daí o Exército Vermelho só pararia em Berlim o seu destino final. Em resumo, a partir desse fato, a guerra já estava ganha pelos aliados. Todavia por causa de ciumeira e da luta pelo poder. Já pensando no pós-guerra. Stalin tinha ciúmes do marechal Zhukov, o comandante em chefe dos exércitos russos. Então o mesmo nomeou dois outros marechais para entrar em Berlin, não dando exclusividade a Zhukov, o marechal que foi o principal fator da derrota dos exércitos alemães no leste. Roosevelt comenta que Churchill está preocupado com o pós-guerra e a presença soviética. A ponto dos americanos(vide famigerada Cia) fazerem uma aliança com a Alemanha, combinando uma trégua de cem dias, para que o exército alemão se reforce para resistir ao bolchevismo, (vide russos). Churchill e Stálin mostram satisfação com o fracasso da Operação Valquíria que poderia ter impedido a vitória total e arrasadora sobre a Alemanha. De que lado estavam??? A ofensiva aliada foi acelerada na Normandia, para conter o exército soviético. Não era a época adequada produzindo milhares de baixas adicionais, mas o objetivo era conter o avanço russo., evitando o controle total pela URSS. Pergunta-se? No final da segunda guerra a Alemanha estava acabada, a capitulação era questão de tempo.
Então a guerra era contra quem? Claro que a resposta é simples, já se pensava no controle do mundo, quem controlaria? Já se preparava outra guerra. Ainda bem que não saiu, mas quase. “Daí se conclui que na realidade a melhor definição de paz: “É o intervalo entre duas guerras. Que o povo nada sabe das maquinações dos poderosos. Estão inventando armas poderosíssimas capazes de colocar no bolso a famosa Bomba Atômica, que sabemos delas, apenas algumas referências esparsas e isoladas. Como alguém me disse? “Da missa não sabemos um terço”


12 de junho de 2014

Um espectro de fogo

O navio holandês Palatine zarpou de Amsterdã em 1752, levando cerca de 300 imigrantes para a América. Após uma viagem terrivel, atormentada por tempestades, a embarcação teve um fim calamitoso por volta do Natal, ao largo da Ilha Block, na entrada do estreito de Long Island.

Segundo um relato, saqueadores de naufrágios usaram um sinal de luz para atrai-lo para as rochas, saquearam o navio depois atearam-lhe fogo. Os passageiros foram desembarcados, mas quando as chamas estavam consumindo o Palatine, um grito silenciou os saqueadores. Entre as chamas e a fumaça, viram uma mulher solitária e atormentada arrastando-se pelo convés incendiado.

Na época do Natal, um ano depois e nos anos seguintes, os moradores da ilha Block continuaram a assistir a volta do Palatine em chamas. Em 1869, um velho chamado Benjamin Corydon, que crescera no continente em frente a ilha, admitiu ter visto por oito ou nove ocasiões a nave espectral, com todas as velas içadas e em chamas, e que suas visitas haviam cessado quando morreu o último dos saqueadores que o tinham atraido para destruição. Mas talvez ele tenha falado cedo demais, em 1969 foi mais uma vez relatada a aparição do navio fantasmal em chamas.

10 de junho de 2014

HISTÓRIA DE MARIA SQUASSÁBIA


Uma das heroínas da Revolução de 1932, Maria Squassábia pegou a farda de um soldado desertor e se juntou à tropa.
Durante a revolução, cerca de 70 mil mulheres foram fundamentais para auxiliar os revolucionários, na fabricação de armas e munições, ajudando como enfermeiras e confeccionando fardas.
"A mulher paulista é que deu força para os homens, para maridos e filhos que se alistaram e foram como voluntários", contou o historiador João Baptista Scannapieco.
Mais de uma delas, no entanto, foram além do trabalho de suporte. Uma delas, Maria Stela Rosa Squassábia vestiu uma farda e foi para a frente de batalha. Nascida em Araraquara, em 12 de março de 1889, filha de José Saquassábia e Palpello Clotildes, mudou-se ainda com 3 anos para São João da Boa Vista.
Maria Sguassábia foi professora primária na Fazenda Paulicélia, próxima a cidade de Santo Antônio do Jardim. Quando viu tropas revolucionárias passarem e, ,m dos soldados desertou e jogou a farda fora, Maria recolheu as roupas, vestiu se infiltrou na tropa.
Segundo Maurício Marsiglia, neto da combatente, ela acabou sendo descoberta e o capitão do pelotão não queria aceitá-la. “Ele se reportou ao comandante do batalhão, que disse ‘por que não?’”, contou.
O neto lembrou do momento em que a avó mais se orgulhava, quando conseguiu render um tenente federalista. “O tenente quando percebeu que era uma mulher não queria se render nem entregar de forma alguma as armas. Neste instante, o comandante do batalhão da minha avó disse que o tenente teria se sentir orgulhoso de ter sido rendido por uma heroína”, lembrou.
São Paulo perdeu a disputa no campo de batalha, mas dois anos depois conseguiu conquistar a principal reivindicação da revolução. Em 1934, uma nova Constituição foi escrita, que deu o direito de votar às mulheres.
“A nova Constituição trouxe uma conquista das mulheres paulistas para todo as mulheres brasileiras, que foi o direito do voto”, comentou o professor de história Fernando Varanda.
Maria Squassábia morreu em 14 de março de 1973, aos 74 anos. Ela está sepultada no cemitério de São João da Boa Vista.


9 de junho de 2014

A legião negra em 1932 ou coisas que a história não conta.


Em nossa história há diversas distorções, ou melhor, em nossos livros de história. Dentre tantos heróis brancos, retratados e valorizados por seus feitos e sua devoção ao país, coincidentemente boa parte dos esquecidos tem a mesma cor. Durante minha época de escola, uma de minhas atividades aos finais de semana era buscar ícones negros em cada passagem que a escola me obrigava a estudar, em uma destas buscas em Bibliotecas públicas e posteriormente no inicio da internet popular, tomei conhecimento desta história. Os Soldados da Legião Negra, foram nossos Avôs/Avós/bisavôs/bisavós que lutaram nesta guerra representando o povo negro, infelizmente temos um histórico de esquecimento de todas as páginas que valorizam nossos antepassados na história brasileira, é como o funk Buia diz - o leão não escreve, então quem conta a história é o caçador . Então achei bacana compartilhar isso, pois no dia 9 de julho é feriado em São Paulo e esta parte mais uma vez não será lembrada.
Segue abaixo uma nota do jornal a Gazeta sobre estes homens e mulheres afro-descendentes que serviram a causa:
"Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil"
Os patriotas pretos estão se arregimentando - Já seguiram vários batalhões - O entusiasmo na Chácara Carvalho - Exercícios dia e noite - As mulheres de cor dedicam-se à grande causa. Também
os negros de todos os Estados, que vivem em São Paulo, quando o clarim vibrou chamando para a defesa da causa sagrada os brasileiros dignos, formaram logo na linha de frente das tropas constitucionalistas. A epopéia gloriosa de Henrique Dias vai ser revivida na luta contra a ditadura. Patriotas, fortes e confiantes na grandeza do ideal por que se batem São Paulo e Mato Grosso, os negros, sob a direção do Dr. Joaquim Guaraná Sant´Anna, tenente Arlindo, do Corpo de Bombeiro, tenente Ivo e outros, uniram-se, formando batalhões que, adestrados no manejo das armas e na disciplina vão levar, nas trincheiras extremas, desprendidos e leais, a sua bravura, conscientes de que se batem pela grandeza do Brasil que seus irmãos de raça, Rebouças, Patrocínio, Gama e outros muitos tanto dignificaram. Os nossos irmãos de cor, cujos ancestrais ajudaram a formar este Brasil grandioso, entrelaçando os pavilhões auri-verde e Paulista, garbosos, ao som dos hinos e marchas militares, seguem cheios de fé, ao nosso lado, ao lado de todos os brasileiros que levantaram alto a bandeira do ideal da constitucionalização, para a cruzada cívica, sagrada, da união de todos os Estados sob o lábaro sacrossanto da pátria estremecida.

(Jornal A Gazeta, 23 de Julho de 1932)

6 de junho de 2014

A farsa da descoberta do Brasil


Nos estertores da Idade Média, época que por sinal não deixou saudade nenhuma, pois era uma era obscurantista, na qual o espírito humano encontrava-se aprisionado por conceitos ultrapassados com ideias que não levavam a lugar algum. 

Portugal e Espanha eram as potências da época. Navegadores audazes das duas nações ou a serviço dela rasgaram os mares e ampliaram o mundo em muitos continentes até então desconhecidos. Descobria-se o Novo Mundo, descobriam-se novas terras também para o lado oriental do mundo, dobrava-se o Cabo das Tormentas, a partir de então chamado Cabo da Boa Esperança. Então descobriu-se o Brasil para Portugal. Nada mais falso. Pois já era de Portugal, porque a linha de Tordesilhas dava o Brasil praticamente todo para Portugal. Então a descoberta do Brasil foi uma farsa montada pela coroa Portuguesa, pois só vieram tomar posse do que já era deles. 


5 de junho de 2014

As singularidades do poeta


O poeta barroco Gregório de Matos, cognominado o “Boca do Inferno”, devido o a vontade como criticava a Santa Sé e o clero em geral, satirizando-os em suas poesias, não deixou de lado seu arraigado costume de dar ferroadas com sua língua ferina, nem na hora da morte.

Sentindo que estava em seus derradeiros momentos, pediu que dois padres visitassem seu leito de morte. E, quando os dois prelados chegaram à sua casa e aproximaram-se do seu leito, pensando que o colega desejava receber os últimos sacramentos e confessar seu pecados, Gregório, com um risinho irônico no canto dos lábios sapecou: “Estou morrendo entre dois ladrões, tal como Cristo ao ser crucificado.”



15 de abril de 2014

Maria Madalena, a discípula favorita de Jesus?

 


Maria Madalena – ou Miriam de Magdala, como está no hebraico – aparece nos apócrifos como uma mulher sábia e respeitada por Jesus. Ela acompanha o mestre em suas pregações e o ajuda a liderar os primeiros cristãos. 
O Evangelho de Filipe, do século 2, conta que ela era a seguidora preferida de Cristo, o que despertou o ciúme dos outros apóstolos. “Por que a amas mais que a todos nós?”, perguntavam eles ao Senhor. 
Uma passagem que ainda enfurece muitos cristãos diz que "o Senhor amava Maria mais do que a todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca". 
A liderança de Madalena também é mencionada no evangelho apócrifo que leva seu nome, também do século 2. Numa passagem, Pedro questiona: “Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos essa mulher?” O texto revela que, apesar dos preconceitos, ela consegue se impor. É uma imagem distante da mulher impura e pecadora que a tradição da Igreja enfatizou durante séculos. 
Em 1969, o Vaticano reconheceu que houve uma confusão na interpretação das Escrituras (ela teria sido confundida com a pecadora que unge os pés de Jesus no Evangelho de Lucas) e retirou a denominação de prostituta que durante séculos pesou sobre Maria Madalena.