Maria Madalena – ou Miriam de Magdala, como está no hebraico – aparece nos apócrifos como uma mulher sábia e respeitada por Jesus. Ela acompanha o mestre em suas pregações e o ajuda a liderar os primeiros cristãos.
O Evangelho de Filipe, do século 2, conta que ela era a seguidora preferida de Cristo, o que despertou o ciúme dos outros apóstolos. “Por que a amas mais que a todos nós?”, perguntavam eles ao Senhor.
Uma passagem que ainda enfurece muitos cristãos diz que "o Senhor amava Maria mais do que a todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca".
A liderança de Madalena também é mencionada no evangelho apócrifo que leva seu nome, também do século 2. Numa passagem, Pedro questiona: “Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos essa mulher?” O texto revela que, apesar dos preconceitos, ela consegue se impor. É uma imagem distante da mulher impura e pecadora que a tradição da Igreja enfatizou durante séculos.
Em 1969, o Vaticano reconheceu que houve uma confusão na interpretação das Escrituras (ela teria sido confundida com a pecadora que unge os pés de Jesus no Evangelho de Lucas) e retirou a denominação de prostituta que durante séculos pesou sobre Maria Madalena.
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